AFIFE DIGITAL
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UMA BOA PASCOA
O tempo bom que se tem feito sentir nestes últimos dois dias, tem feito a que muitos Galegos tenham rumado ao norte do país nestas míni ferias de pascoa e até tem sido bom para alguns restaurantes da freguesia, que assim viram estes dias com mais movimento que o habitual.Tem sido muitos aqueles que rema passado pela praia do caracol em Afife,mas como a obra do parque de estacionamento ainda se encontra vedado e com sinalização que não permite o acesso automóvel, tem feito que muitos ali se dirijam, mas depois dão meia volta.
A TRADIÇÃO PASCAL em Afife vai-se mantendo embora com menos intensidade que há alguns anos atrás, já que o Compasso Pascal, faz uma volta menor, porque cada vez são menos aqueles que abrem a porta à Pascoa, como se diz na freguesia. Como habitualmente acontece, o Compasso saída igreja e a primeira casa a receber a Pascoa, é precisamente a sede da junta de freguesia e aqui são sempre varias as pessoas que ali se dirigem para beijar a Cruz. nesta altura são alguns os emigrantes da freguesia que fazem questão de vir passar a quadra com os seus familiares e assim viverem as tradições esta época, são acima de tudo aqueles que labutam em Andorra que mais se fazem sentir.
AFIFE QUEIMA O JUDAS,
como habitualmente o sábado de Aleluia em Afife fica sempre marcado pelas celebrações religiosas que decorrem a partir das 9 da noite na Igreja Paroquial e no final destas e já por volta das 11 e meia da noite, é habitual as pessoas rumarem ao largo do Cruzeiro, para assistirem à Queima do Judas. Aqui segue o cerimonial do costume, com a chegada do Judas, que é enforcado, é lido o testamento e depois procede-se à queima. Em outros anos e como é tradicional, o Judas era enforcado ao meio dia e por ali permanecia até à hora da queima, mas como se tem notado uma grande ignorância e falta de respeito por aquilo que são as nossas tradições, alguns incultos da sociedade e destruidores das nossas tradições, teimam em atos condenáveis roubar o Judas do local da queima, para assim se tornarem os herois da sua insignificância, tal como do mesmo modo procedem na secular SARRAÇÃO DA VELHA. Assim a organização resolveu colocar o boneco representativo do Judas, apenas na altura em que este vai ser queimado. È lamentável que assim tenha que ser, mas esta é a gente que temos que em vez se colaborarem, como seria a sua obrigação, porque em muitos casos são tradições que foram fortemente defendidas pelos seus familiares e antepassados e agora estes tentam contribuir fortemente para a sua destruição.-
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VIANA QUEIMOU O JUDAS,
como manda a tradição e aqui todos puxam para o mesmo lado, ou seja a favor da tradição, a Ribeira Vianense saiu à rua para reviver uma antiga tradição que há seis décadas era organizada pela Maria do Gago, uma senhora da Ribeira que foi muitos anos a grande impulsionadora e organizadora da tradição e que tinha sempre a eu lado as gentes da Ribeira. Depois do seu falecimento e como forma de prestar homenagem a esta mulher da Ribeira, a junta de freguesia de Monserrate, chamou a si a organização da tradição sem contudo ter alterado aquilo que era característico na tradição da Ribeira. Agora com a união das freguesias da cidade e Meadela a autarquia não deixa cair por mãos alheias a tradição e mantêm viva a tradição. Este sábado de Aleluia, a tradição manteve-se e o cortejo iniciou-se como habitualmente no largo da estação, incorporando o andor com o Judas com os trinta dinheiros, o grupo de bombos, os juízes da comarca de Monserrate, transportando a pasta do testamento do Judas que depois seria lido na altura do enforcamento e as carpideiras, que eram as pessoas que eram pagas para chorar em funerais e a estas seguiam os rapazes com as motas de pau e fisgas,a lembrar o antigamente, a atirarem pedras as carpideiras. Depois de percorrer este trajeto habitual, o Judas chega ao meio dia à Ribeira, onde era enforcado na terceira arvore de acesso ao castelo, o que por motivos de segurança este ano aconteceu precisamente na ultima arvore.
Assim o Judas foi enforcado perante uma multidão de Vianenses e não só, que acompanhou o cortejo, ou que na Ribeira esperou a chegada do cortejo e foram alguns os Afifenses que estiveram presentes. Assim e depois do enforcamento os juízes da comarca de Monserrate, procederam à leitura do testamento e este ano até tiveram que puxar pela guela, porque em outros anos servem-se de aparelhagem sonora, só que este ano, esta avariou,o que no fim de contas até veio a dar um toque de mais originalidade ao testamento.
O testamento teve deixas para políticos e não só e quadras que fizeram ouvir gargalhadas, sempre com o comentário oportuno das carpideiras.
Tenho pouco para dar
gastei-o de forma heróica
Dora o que tiver que dar
para os mamadores da troika.
O meu pijama listado
que me esta um pouco farto
vou da-lo com todo o agrado
ao preso 44
Vai Sócrates para o galheiro
sem compaixão num repente
coitado do ex primeiro ministro
que foi preso e é inocente.
Pintam tudo o que é passeio
num grafitar deplorável
deixando a nu o asseio
nesta cidade saudável
Nesta cidade saudável
para gente de barba rija
quem gosta vem é agradável
quem ama fica e não mija.
O redondel de Argaçosa
autentica obra prima
mantêm-se na mesma prosa
nem f... nem sai de cima.
continua a confusão
e cada vez há mais prosa
pela nova limitação
no condado de Areosa.
Sobre as obras para a praia Norte.
Agora vou perguntar
esta obra tão pomposa
quem a vai inaugurar
Monserrate ou Areosa
Estas são algumas das quadras que ali foram lidas, perante muitas centenas de pessoas que propositadamente, ou apanhadas pelas circunstancias participaram na tradição.
Para António Bastos, secretario da união das freguesias e um dos principais organizadores da tradição, referenciou-nos que a junta chamou a si a organização há mais de 30 anos e daí não mais parou, diz-nos que esta tradição é preparada com três a quatro dias de antecedência e o que ainda demora mais tempo è a feitura do testamento, refere que todos colaboram. Assim a tradição manteve-se na Ribeira e o Judas foi uma vez mais queimado, não na terceira arvore de acesso ao castelo, como era habitual, mas sim na ultima e até se pode dizer que ardeu da mesma maneira,sempre com os olhares vigilantes dos bombeiros municipais da cidade, não fosse o diabo tece-las.
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MAIOR MESA DA PASCOA
Em Vila Praia de Ancora o bom tempo contribuiu, para que as afluências superassem as edições anteriores, já que esta quarta edição da maior mesa de Pascoa, ganhou num maior numero de expositores, de animação e até de visitantes. Mais de cem metros de mesa, recheada com os mais variados produtos, desde os gastronómicos, doces, enchidos, mel licores, artesanato e muito outros.
A Mesa abriu portas com a saudação por Luísa Vilas Boas do movimento dos empresários do concelho de Caminha, que é a entidade organizadora e que conta com os apoios da câmara de Caminha e junta de Vila Praia de Ancora, segui-se as intervenções de Carlos castro o autarca da vila que enalteceu toda esta organização, recordando que ali estava representa do tudo aquilo que é mais representativo do concelho, desde os vinhos até ao artesanato.Considerou que esta é sem dúvida uma lufada de ar fresco para os comerciantes da vila, assim como esta é também motivo para convívio e promover o turismo rural e gastronómico.
Para o autarca de Caminha, elogiou o movimento dos empresários nesta e outras realizações, que diz que em cada ano que passa esta realização tem uma dimensão cada vez maior. Salientou que esta é já uma referencia do concelho e mesmo em termos nacionais, porque esta mesa prima pela qualidade que é apresentada nos variados produtos que ali são expostos.
O presidente da câmara de Caminha, o secretario de estado da alimentação, o presidente da junta de Vila Praia de Ancora, Luísa Vilas Boas, do movimento dos empresários do concelho de Caminha e o secretario da junta da vila, visitando os expositores na abertura da mesa
Presente esteve o sub secretario de estado da alimentação e o autarca Caminhense referiu que a vila tem, gente que sofre que sabe arregaçar as mangas e enfrentar as dificuldades, dando como exemplo a Lei que Bruxelas quer impor para a captura da sardinha e por tal precisa que ser vista com atenção por parte dos governantes. Para o secretario de estado da alimentação que até tem fortes ligações a Viana, diz que é motivo de orgulho para as gentes do concelho ter uma destas realizações em Vila Praia de Ancora, considerou este ser um espírito descobridor do movimento dos empresários, que assim olha de uma maneira especial para os produtos endógenos da região, no intuito da sua divulgação.