CÂMARA APOIA ASSOCIAÇÕES DO CONCELHO ISENTANDO-AS DE TAXAS NA FEIRA MEDIEVAL.
Tal como na edição anterior, a Câmara Municipal vai isentar do pagamento de taxas de participação na Feira Medieval as associações locais que o solicitarem. A proposta de Miguel Alves será votada na próxima reunião do Executivo, mas o presidente deixou já esse compromisso na última reunião descentralizada em Gondar e Orbacém. Esta foi a terceira reunião na freguesia, onde se falou de obras, da dinâmica associativa e da população.
A primeira intervenção coube, como é hábito, ao autarca local. José Cunha saudou esta terceira reunião, sublinhando a importância deste espaço de debate, onde a população pode de forma direta e de olhos nos olhos transmitir a quem decide as suas preocupações e necessidades, esperando destes uma resposta mais rápida e mais adequada às suas pretensões.
José Cunha reconheceu também o apoio que a Câmara Municipal tem dispensado, “em tudo aquilo que temos realizado, e realçar a excelente relação que temos mantido com todo o seu executivo em geral, e em particular com o senhor presidente, dr. Miguel Alves, que nos tem respondido de forma positiva a tudo aquilo que temos solicitado”. Exemplificou com a celebração dos protocolos de transferências de capital e de transportes, bem como os acordos de execução, “que nos permitem fazer face a despesas com manutenção e limpeza dos espaços públicos”.
CÂMARA APOIA ASSOCIAÇÕES DO CONCELHO ISENTANDO-AS DE TAXAS NA FEIRA MEDIEVAL-
Tal como na edição anterior, a Câmara Municipal vai isentar do pagamento de taxas de participação na Feira Medieval as associações locais que o solicitarem. A proposta de Miguel Alves será votada na próxima reunião do Executivo, mas o presidente deixou já esse compromisso na última reunião descentralizada em Gondar e Orbacém. Esta foi a terceira reunião na freguesia, onde se falou de obras, da dinâmica associativa e da população.
A primeira intervenção coube, como é hábito, ao autarca local. José Cunha saudou esta terceira reunião, sublinhando a importância deste espaço de debate, onde a população pode de forma direta e de olhos nos olhos transmitir a quem decide as suas preocupações e necessidades, esperando destes uma resposta mais rápida e mais adequada às suas pretensões.
José Cunha reconheceu também o apoio que a Câmara Municipal tem dispensado, “em tudo aquilo que temos realizado, e realçar a excelente relação que temos mantido com todo o seu executivo em geral, e em particular com o senhor presidente, dr. Miguel Alves, que nos tem respondido de forma positiva a tudo aquilo que temos solicitado”. Exemplificou com a celebração dos protocolos de transferências de capital e de transportes, bem como os acordos de execução, “que nos permitem fazer face a despesas com manutenção e limpeza dos espaços públicos”.
O autarca não deixou de reivindicar mais investimento, designadamente em termos de redes de água, admitindo que houve avanços, mas ainda não suficientes.
Rally decisivo na proteção contra incêndios
Para este autarca, entretanto, é inquestionável a importância da realização do Rally de Portugal: “dou os parabéns à Câmara Municipal por ter conseguido trazer uma prova tão importante como é o Rally de Portugal para o concelho de Caminha. Não podemos esquecer que grande parte da prova de Caminha se faz em território de Gondar e Orbacém, e pelo esforço financeiro que fez no arranjo dos caminhos e estradões florestais de acesso ao troço do Rally, que permitem não só o acesso das populações às suas propriedades, como, não menos importante, criar condições para o combate aos incêndios nesta época crítica que se aproxima. É caso para dizer que o regresso do Rally ao nosso concelho valeu largamente a pena”.
Recorde-se que a Câmara Municipal procedeu a intervenções deste tipo nos três últimos anos, com a clara beneficiação da rede viária florestal, que permitiu que os estradões florestais fossem limpos de vegetação, os aquedutos e valetas desobstruídos e limpos e o piso melhorado. O Rally de Portugal é um grande investimento, que traz visibilidade e prestígio a nível mundial, mas decisivo também em matéria de prevenção contra incêndios florestais.
Ao todo, estamos a falar de caminhos florestais que se estendem por mais de 18 quilómetros, abrangendo as seguintes freguesias: União de Freguesias Gondar e Orbacém, Dem, União de Freguesias Azevedo e Venade, Argela, Riba de Âncora e União de Freguesias de Cristelo e Moledo.
Recorde-se que, em 2015, logo a seguir ao Rally de Portugal, a serra foi fustigada por um incêndio de grandes proporções. Nessa altura, a importância dos caminhos foi determinante para a circulação dos carros dos bombeiros, o que permitiu o combate eficaz e a minimização dos danos. No ano passado, o fogo voltou a fustigar a serra, tendo sido novamente determinantes as melhorias dos estradões, sobretudo para travar as chamas e para o trânsito dos carros dos bombeiros.
Apesar destas intervenções, José Cunha gostaria de adquirir uma nova cisterna, equipada bom bomba e mangueira, o que não poderá ser possível no imediato. O autarca mostrou-se compreensivo e conhecedor da situação financeira do Município. Dirigindo-se a Miguel Alves referiu: “de uma coisa pode estar certo, é a governar com recursos escassos que se mostra as capacidades que se tem para esses cargos, e diga-se em boa verdade que ao longo destes quatro anos de amizade que tenho consigo, já o vi por diversas vezes, pelo menos pela parte que me toca, fazer muitas omeletes sem ovos. Por isso, tenho certeza que os problemas que aqui vão ser tratados não vão cair no esquecimento e que tudo fará para os resolver”.
De olhos postos no Orçamento Participativo
Anabela Gonçalves, uma das cidadãs que interveio nesta reunião, voltou a equacionar uma obra que se encontra em votação em sede de Orçamento Participativo (OP). Trata-se da requalificação e alargamento do Caminho da Aldeia – Orbacém, que implica a demolição de um muro alargamento, pavimentação e condução de águas pluviais com tubagem para regadios. Esta foi uma das propostas vencedora em matéria de OP e faz parte das que se encontram em votação. A intervenção enquadra-se no montante máximo fixado por projeto, ou seja, 65 mil euros.
Na resposta, Miguel Alves pediu que se aguarde pelos resultados do Orçamento Participativo, cuja votação aina decorre, havendo a possibilidade desta ser uma das propostas vencedoras. Se assim não for, o presidente reconhece a importância da obra e admite que será a Câmara a ter de a suportar em termos do futuro PPI.
Anabela Gonçalves referiu-se também a problemas de iluminação na via, que serão avaliados em breve.
Entre as obras realizadas em Gondar e Orbacém, destaque para o Parque Infantil de Gondar, que custou mais de 20 mil euros, alargamento do Caminho do Pinto e reabilitação de muros de suporte, entre várias outras.
Uma estratégia para a questão populacional
O decréscimo da população no interior do concelho e os desafios que se colocam foi o tema da intervenção de Dina Alvarenga. A munícipe, que também é autarca, mostrou-se preocupada com o decréscimo populacional no interior – “quem cá está, procura dinamizar algumas atividades na freguesia, que criem alguma união e sentido de pertença, que cativem a população, é disso exemplo o Trail, o Raid todo-o-terreno, as atividades promovidas pelas associações, entre outras. Mas a verdade é que a tarefa é difícil e por vezes sente-se que não há gente para isto, não há gente para aquilo…”.
Referindo que a Junta de Freguesia tal como a Câmara têm apoiado a realização de iniciativas, a munícipe deixou três questões: O que é que deve ainda ser feito para lutar contra esta situação? Esta é uma preocupação do executivo? Existem algumas medidas já pensadas para tentar inverter esta tendência e “prender” ou “captar” mais população para as freguesias do interior?
Miguel Alves sublinhou a importância desta reflexão, chamando a atenção para a abrangência do fenómeno, que é nacional e europeu. Duas realidades estão na sua essência – disse – reportando-se ao decréscimo brutal da taxa de natalidade, e à crise recente, que incentivou a emigração.
Para o presidente, há uma ação macro e existe depois a ação dos municípios, num trabalho conjunto com a comunidade. Miguel Alves explicou qual tem sido a preocupação da Câmara e os patamares de intervenção, com vista a criar condições para a fixação e aumento da população. Elencou, entre outros, o cuidado com o espaço público e a proteção da população idosa, mas também as medidas/iniciativas com capacidade de atração, como a baixa de impostos (IMI e IRS, como tem sido feito em Caminha), boas escolas, facilidade no transporte das crianças (lembrando que nestes quase quatro anos a Câmara gastou cerca de 72 mil euros só em transportes escolares), aposta na comunicação, cultura e em eventos e apoio às associações locais nas iniciativas que realizam e que são de elevado potencial, como acontece em Gondar e Orbacém.
Dinamismo associativo
O dinamismo associativo é precisamente uma marca de Gondar e Orbacém, que Miguel Alves elogiou. Foi, aliás, em resposta a uma das cidadãs que interveio na reunião descentralizada, Marinha Ribeiro, que o presidente antecipou a decisão de isentar do pagamento de taxas de participação na Feira Medieval as associações locais que o solicitarem.
A representante da GARCEA referiu que esta isenção, no valor de mil euros, no ano passado, é importante para a associação que, na Feira Medieval como noutros eventos encontra na participação uma forma de se financiar. A munícipe chamou também a atenção para a necessidade de melhoramentos no Centro Cultural e na Capela da Sra. Da Agonia, espaços importantes também para acolher iniciativas das associações.
Tânia Aldeia falou por seu lado das atividades desenvolvidas pelo Rancho Folclórico Lavradeiras de Orbacém, agradecendo o apoio da Câmara e da Junta de Freguesia, enquanto Simaura Fonseca, em representação do Grupo de Jovens Cem Fronteiras abordou também o trabalho que o grupo desenvolve, sobretudo com iniciativas como o cozido à portuguesa e a sardinhada junto ao rio. Dado o sucesso destas duas ocasiões, Simaura garantiu que ambos podem crescer, sendo também essa uma forma de dar visibilidade ao território e captar visitantes, mas que estão limitados, no caso do cozido pelas instalações e da sardinhada juto ao rio, pela inexistência de instalações sanitárias de apoio. A munícipe pediu soluções amovíveis, como uma tenda e WC portáteis, casos que Miguel Alves prometeu avaliar, elogiando a capacidade associativa e a dinâmica desta comunidade