VIANA QUEIMOU O JUDAS
Tradição que continua a evocar a Maria do gago, senhora da Ribeira Vianense que organizava sempre no sábado de Aleluia a queima do Judas da Ribeira, depois do seu desaparecimento, coube à então junta de freguesia de Monserrate, manter a tradição e organizar a queima. No entanto a união das freguesias, que neste caso envolve,Monserrate, Meadela e Santa Maria Maior, mantém-se fieis a esta tradição e chamam a si a organização desta tradição da Ribeira. Assim com os bombos de Santa Marta a abrir o corteje, que saiu do largo da estação, o cortejo atravessou a cidade, passando pela Praça da Republica, percorrendo as ruas da Ribeira, até ao caminho de acesso ao castelo de S. Tiago da Barra. O desfile, conta com os bombos, o juiz de fora e o escrivão, o andor com a Judas a queimar e seguem-se as carpideiras, que eram as pessoas que antigamente eram pagas para chorar junto dos defuntos. Estas pronunciam choros e ladainhas e na altura da leitura do testamento, aproveitam para meter umas bicadas na conversa. Foram muitos aqueles que se deslocaram até à Ribeira para ouvir a leitura do testamento e ver a queima do Judas e o cortejo ate apanhou muitos de surpresa, já que a cidade contava com um numero elevado de turistas Espanhóis, que passavam pela cidade vindos de Braga, entre outros destinos. Como manda a tradição o Judas ao chegar à Ribeira é enforcado na terceira árvore de acesso ao castelo, é lido o testamento e depois à ordem do juiz de fora, é queimado, em fogo de artificio, onde a primeira bomba a estourar, é precisamente na cabeça do Judas e a partir daí, o corpo é envolto em chamas. O testamento não esqueceu as partes mais polémicas da cidade, começou pelos 130 anos doSportClub Vianense, atirou bicadas ao facto de o Vianense ter a maioria dos seus escalões em campeonatos nacionais e só os seniores estão no regional, ainda o edifico degradado daQuimigal, que vai ser demolido antes que o prédio do Coutinho, apresentou uma proposta para honrar Amadeu Costa, o parque do Gil Eanes, onde é preciso pagar, foi também nota de quadra do Judas. A praia norte, o Judas também alertou para a falta de WC, os cãezinhos que vão para a praia do Coral, onde vão fazer coco e muito mais.
A parte de encenação esteve uma vez mais a cargo do À Margem Armazem Teatral
O anunciador da queima do Judas, com o seu funil, vai durante o percurso alertando as pessoas que foi ordenado que pelo meio dia, o Judas fosse enforcado, na terceira árvore de acesso ao castelo de S. Tiago da Barra, segundo ordem do Meritíssimo juiz de fora, que segue logo a seguir, acompanhado pelo escrivão.
As carpideiras, também elas do À Margem Armazém Teatral, com uma exemplar participação.
O cortejo entra pelas ruas da Ribeira, onde as pessoas ocorrem a porta ou à rua, para ver passar o Judas.
Na entrada para o caminho de acesso ao castelo, são já muitos aqueles que esperam pelo cortejo.
Agora que tudo está preparado, o juiz de fora acompanhado pelo escrivão, ordena a leitura do testamento.
Depois de terminado o testamento, foi o pegar fogo à peça, com a presença das forças policiais da cidade e os bombeiros municipais por perto.