Exposição “São Teotónio – Primeiro Santo Português”
A exposição “São Teotónio – Primeiro Santo Português” foi inaugurada ontem, 8 de Setembro, na vizinha cidade galega de Tui e estará patente ao público até 8 de Outubro, na Sala de Exposições da Área Panorâmica. A iniciativa partiu da Câmara de Valença e do Ayuntamiento de Tui.
Esta exposição pretende evidenciar e promover a imagem e o conhecimento do mais ilustre dos valencianos – São Teotónio, primeiro santo português, nascido em Ganfei, no tempo em que Valença era parte integrante da Diocese de Tui.
Um conjunto de painéis fazem a resenha e a leitura histórica da vida e obra da figura de São Teotónio, nas suas vivências em Valença, Tui, Coimbra, Viseu, Jerusalém e outros locais por onde passou. Várias imagens da Capela de São Teotónio de Ganfei dão corpo a esta mostra que conta, ainda, com uma reprodução da tela alusiva ao santo, bem como da imagem em talha existente na Catedral da Sé de Tui.
Esta iniciativa de promoção / divulgação da figura de São Teotónio, na vizinha cidade de Tui contará, ainda, com a apresentação da obra “A Vida de S. Teotónio”, a cargo do Grupo de Teatro Amador de Verdoejo, no próximo dia 28 de Setembro, no Teatro Municipal de Tui.
Trilho Pedestre de Real
Pelas Matas de Aveleiras e Gravuras Rupestres em Valença
A Câmara Municipal inaugura o Trilho Pedestre de Real, na freguesia de Gandra, sábado, 11 de Setembro, pelas matas de aveleiras, gravuras rupestres, levadas de água e velhos engenhos e moinhos. Com a distância de 6 Km's é um percurso rural / cultural que se desenvolve pela freguesia de Gandra, com um grau de dificuldade fácil e um tempo estimado de 2 horas.
O ponto de partida, deste percurso circular, é a Igreja Paroquial de Gandra. O encontro está marcado para as 9h e o início da caminhada para as 9h30.
O percurso será acompanhado por guias especializados que darão a conhecer os pontos mais interessantes do percurso, sobretudo, o património edificado, a fauna e a flora autóctone.
O Trilho do Real inicia-se junto à Igreja Paroquial de Gandra, para percorremos por escassos metros a estrada em direcção ao lugar de Real- um pequeno aglomerado populacional, cujas ruelas são estreitas, o que torna esta passagem muito atractiva ao pedestrianista. Pouco depois, deixamos o núcleo populacional para entrarmos numa zona de acessos a campos agrícolas, muitos deles em pousio, para no ano seguinte receber a sementeira do milho ou de batata.
O caminho dá lugar à estrada asfaltada, para caminharmos por cerca de 400 metros, até virarmos à direita por um outro caminho em terra que nos conduzirá a um local de elevada beleza natural, coberto por vegetação autóctone, onde predominam várias espécies de árvores, no entanto em maior quantidade as aveleiras (Corylus avellana).
Chegados ao lugar de Picões, visitamos a pequena Capela de Sant' Ana, cuja simplicidade, nos convida a uma curta e merecida pausa. Continuando o caminho, já no lugar de Cais, junto a um regato, podemos a observar um conjunto de engenhos com motivos rurais, diversos moinhos com as suas inúmeras levadas, que tanto serviam para conduzir a água aos moinhos como para o regadio dos campos. O topónimo deste lugar, provavelmente deriva do galego “canles” que significa “levadas” ou “canais”. A abundância das linhas de água, definem e moldam o relevo desta área, e a vegetação autóctone, que margina nos leitos dos ribeiros e regatos, confere um grau de luz, cor e vida à paisagem.
Logo depois, viramos no primeiro caminho em terra que surge à direita e nos conduzirá ao lugar de Pinheiro. Seguidamente, avistamos a Capela de St.º Amaro, indicando-nos a direcção para alcançarmos o local onde se iniciou este percurso. Durante este troço final podemos observar um elemento patrimonial da arquitectura industrial, a antiga Fábrica de Têxteis dos “Durães”, que pelas suas dimensões, deixa transparecer a importância que esta teve na economia e na vida das gentes desta freguesia e do concelho de Valença. Pelas estreitas quelhas e ruelas típicas portuguesas, alcançamos finalmente o local onde teve início este percurso de âmbito tão diversificado a nível paisagístico, cultural e de património local.
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Observação de Avifauna
Novas Infra-Estruturas na Ecopista do Rio Minho
A Ecopista do Rio Minho, entre Valença e Monção, conta com um novo Posto de Observação de Avifauna, nos limites entre Friestas e Lapela, no âmbito da P.S.P.- Promoção e Sustentabilidade das Paisagens do Vale do Minho. A nova infra-estrutura de apoio, localizada em plena Ecopista, permite uma observação privilegiada da fauna e flora da Insua do Crasto, da Foz do Rio Manco e do Rio Minho - espaços singulares da Rede Natura 2000.
Valorizar a Ecopista do Rio Minho e promover a sustentabilidade do território permitindo uma melhor interpretação e conhecimento da riqueza da fauna e flora da nossa região orientou sempre esta intervenção, segundo o Presidente da Câmara, Dr. Jorge Mendes.
Uma mesa de interpretação da natureza contigua ao Posto de Observação da Avifauna ajuda os curiosos a reconhecerem, com mais facilidade, as espécies autóctones mais emblemáticas.
A emblemática Ínsua do Crasto, uma língua de terra no rio Minho, já nos limites entre Valença e Monção, a Foz do Rio Manco e o próprio Rio Minho são pontos privilegiados para a interpretação da natureza. Trata-se de uma zona onde a fauna e a flora são abundantes e muito diversificadas sendo, sobretudo, comum observar as seguintes aves: Pato-real; Melro; Milhafre; Mocho Galego; Rola; Pardal Comum; Gaio; Faisão Mongol; Perdiz; Codorniz; Pombo Branco; Peneireiro Vulgar; Corvo; Carriça; Cuco; Coruja das Torres; Tordo; Verdilhão. Com um pouco de sorte será até possível ver alguma lontra, comum neste autêntico refugio da natureza, nas margens do rio Minho.
A flora, nesta zona, é abundante com as galerias de vegetação ripícolas, os juncais e os pinhais.
No âmbito do P.S.P. - Promoção e Sustentabilidade das Paisagens do Vale do Minho está em perspectiva, ainda, a colocação de mesas, bancos e um abrigo, num espaço da Rede Natura, próximo ao Rio Minho, na parte sul do concelho.