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       DE BICICLETA, PARA COMPLETAR MAIS UM CAMINHO DE SANTIAGO.               

            

Manuel Domingos, Serafim Passos e  Domingos Vieira, pedalaram uma vez mais pelos caminhos de Santiago e desta vez fizeram o caminho de prata. Para os dois primeiros,estas peregrinações ciclísticas, são habituais todos os anos, já que percorreram milhares de quilómetros pelos vários Caminhos de Santiago, inclusive o Francês. Desta vez a viagem iniciou-se em  Lebian na província de Zamora,onde iniciaram o caminho de prata, mas antes da partida, ainda deu tempo para uma pequena visita à povoação, onde se inteiraram do seu património cultural.  Desde logo depararam com um percurso de grau de dificuldades acrescido e ainda por cima, porque levavam carregamento para quatro dias de viagem e o Manuel Domingos, ainda levou presunto, chouriço, broa e uma garrafas de tinto, que ainda reduziam mais a velocidade.

 

A primeira paragem aconteceu em Gudinha, para assim certificar o passaporte do peregrino. A viagem seguiu por caminhos sinuosos e com inclinação acentuada, mas a paragem para o almoço, aconteceu  em plena serra e junto de um fontenário de agua fresca, que serviu para beber e lavar a loiça. A viagem seguiu-se até ao próximo albergue do peregrino,em Vilar de Barrios, onde pernoitaram. Este albergue, estava com a lotação praticamente esgotada e na sua grande maioria de Portugueses da zona de Bragança, que igualmente faziam o mesmo caminho,mas a pé. No dia seguinte,foi altura para conhecer a povoação e tirar  fotografias dos pontos de interesse e partir para mais um percurso agreste, onde se andava mais com a bicicleta pela mão e onde encontraram grupos de peregrinos de variadas nacionalidades.Fizeram ainda uma paragem em Orense, para visitarem os seus monumentos religiosos e outros e até havia festa nesse dia. Aqui, visitaram a catedral e as termas de agua quente entre outro património de interesse arquitectónico.

 A partir daqui, as dificuldades começaram a fazerem-se sentir, pois o caminho começou a ser  muito irregular e com acentuada inclinação,o que fez com que muitas vezes tivessem que levar a bicicleta pela mão e ainda por cima levavam alguma carga a mais, já que alem daquilo que faz falta para o dia a dia, levavam ainda a refeição para o almoço.

O almoço, aconteceu nesse dia, junto do mosteiro de  Oreira e aqui carimbaram o passaporte do peregrino, depois de uma pequena sesta, fizeram-se ao caminho para mais uma tirada de muitos quilómetros. O caminho que seguiam, agora passou a ser um carreiro, mas este era o caminho dos peregrinos da costa da prata e por tal, tinham mesmo que avançar e não havia a palavra desistir. A primeira contrariedade, aconteceu passadas algumas dezenas de quilómetros, o Serafim, viu a roda da bicicleta furar-se e por tal, foram obrigados a uma paragem, para reparar a roda. A paragem para pernoitar , aconteceu no albergue do peregrino em Castro de Dozon. No ultimo dia, resolveram aumentar a velocidade, para chegarem o mais cedo possível a Santiago, afim de carimbarem o passaporte e assistir às cerimonias em Santiago. Depois de finalizada a viagem e porque esta terminava em Santiago,era então altura de regressar a Portugal e como estava programado, a viagem era em comboio,acontece que chegados à estação, já estavam inúmeros peregrinos com as suas bicicletas,com o intuito de viajarem para Portugal.

 Acontece que cada comboio na Galiza, apenas transporta, três bicicletas, uma vez que na estação não passavam mais bilhetes, porque já estavam tres bicicletas no comboio, resolveram arriscar e meteram-se no comboio mesmo sem bilhete e assim viajaram até Vigo.

Foram algumas centenas de quilómetros percorridos, por estradas, caminhos e carreiros, deste que dizem ter sido o mais agreste dos percursos já feitos pelos caminhos de Santiago.

Assim vão mantendo a tradição de percorrer todos os anos os caminhos de Santiago, mas sempre diferentes, no entanto já aconteceram anos, em que percorreram mais que um caminho.

 

30-07-11

ANI

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