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AFIFE DIGIT@L jornal on-line de Afife

NOTICIAS LOCAIS E REGIONAIS ACTUALIZADAS SEMANALMENTE AOS SÁBADOS ÀS 21h30 ........ e-mail: afifenoticias@sapo.pt

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Estamos com a edição limitada e com dificuldades de incluir  imagem, situação devida ao acesso ao servidor a que somos alheios. Por tal estamos a actualizar as noticias sempre que possivel.

 

AFIFE, PARTICIPOU NO CORTEJO DE VIANA      

                
Afife, 100 anos depois, voltou a marcar presença no agora cortejo das festas da Senhora da Agonia, com uma representação folclórica e com o grupo dos triquelitraques. As festas Vianenses deste ano, comemoravam os cem anos da primeira Parada Agrícola, já que era assim que se chamava na altura e já nesse ano a Freguesia de Afife se fez representar, naquela que foi a primeira mostra viva dos usos e costumes agrícolas, conjuntamente com mais três Freguesias do Concelho, pois foram apenas quatro as Freguesias que se fizeram representar, Afife , Areosa, Meadela e Perre. Assim neste cortejo de Viana, que evocou os 100 anos, a organização conseguiu recuperar um carro, puxado a cavalos, que transportava na altura as lavradeiras de Areosa para a Parada, assim como conseguiu ainda fazer representar alguns motivos agrícolas, hoje já totalmente em desuso, como os carros de vacas, carregados de erva e mato, autenticas peças de museu, bem como muitos outros apetrechos agrícolas movidos por meio animal e humano.
Quanto á representação de Afife, começamos por salientar a presença como convidado de honra na bancada de dois Afifenses, Sérgio Mesquita e esposa, director da delegação de Finanças de Viana do Castelo, que assistiram ao cortejo lado a lado com as entidades oficiais do Distrito, assim como o representante do Governo, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos. Afife começou a desfilar no quadro em que eram representadas as quarenta Freguesias do Concelho, em que uma lavradeira Afifense, que já foi cabeça de cartaz das festas da Senhora da Agonia, transportava a bandeira da Freguesia. Esta desfilou com o fato de luxo da Freguesia, o vermelho mais simples de todos e que o historiador e folclorista, Cláudio Bastos, como o único e o que mais cores vivas apresenta, devido ao seu vermelho especial e ao lenço amarelo, que o distingue de todos os outros. Outro quadro da Freguesia representado, foi o das sargaceiras, que com os seus redenhos em tempos idos se dedicavam á apanha do argaço, era assim que em Afife se chamava e ainda hoje assim se pronuncia. Aqui eram mulheres de todas as idades que fizeram representar a Freguesia, numa actividade que em tempos era intensa, já que o argaço, era um adubo especial para a terra e ainda dava para vender depois de seco, onde se amealhavam alguns trocados, para fazer face ao dia a dia. Muito embora, as roupas apresentadas e as sapatilhas, não queiram serem entendidas como as roupas utilizadas na altura, para a apanha do argaço, já que aqui as mulheres utilizavam as roupas mais velhas e esfarrapadas que tinham, porque a agua do mar estragava tudo. No entanto levavam sempre, outra muda de roupa, para depois de saírem da agua vestirem, porque a partir da recolha do argasso da agua, começava a outra tarefa, que era o por o argasso a secar em local previamente escolhido e apossado, com algum argasso espalhado.
Um outro quadro, em que Afife se fez representar, foi com as lavradeiras do Grupo de Folclore e desfilarem, em que arrancaram os aplausos do publico presente junto á tribuna e mesmo muitos as identificavam pelo traje, como “ali vão as de Afife”. Havia ainda outro carro onde a Freguesia foi representada com mais duas lavradeiras, que era o carro onde se faziam representar as Freguesias do Concelho, vimos ainda mais trajes de Afife, que eram envergados por pessoas de outras localidades e que certamente, lhes agradou as cores Afifenses.

         
A fechar a representação Afifense, desfilaram os triquelitraques de Afife, onde um grupo de tocadores, eram anunciados pela placa, que o Malheiro transportava e assim dava a conhecer o nome da Freguesia e dos triquelitraques. Logo a seguir, e a abrir o quadro, apresentou-se o Jorge Martins a tocar o corno de vaca, tal como era conhecido em Afife e que se fazia ouvir em tempos antigos na Sarração da Velha, bem como na calada da noite, sempre que havia na Freguesia algum caso de infidelidade conjugal. Ou seja este toque, tanto dava para a festa, como para arreliar algum que tivesse metido o pé na argola. Seguia-se então no grupo de tocadores do triquelitraque , onde gentes de todas as idades, não se fartaram de dar ao instrumento, como o Fernando da Vina, que veio desde Bragança para participar, bem como o Casado, o São João, o Edmar e tantos outros que são habituais e nunca faltam nestas saidas. O grupo fez uma paragem, em frente á tribuna e por ali se tocou o esgalha, até rebentar, num despique que mais parecia o dos bombos, que por ali passaram, brindando assim os convidados de honra na tribuna, e estes aplaudiram, alguns até o fizeram de pé, como os autarcas, ministro e os Afifenses presentes. Aqui, os fotógrafos de vários órgãos de informação e cadeias de televisão, colheram as melhores imagens e até alguns se nos dirigiram para serem esclarecidos daquilo que representava aquele quadro.
No final o balanço da representação de Afife foi positivo, já que 100 anos depois, a Freguesia esteve em força e bem representada durante dois dias e deu-se a conhecer junto dos muitos milhares de forasteiros que encheram as ruas da cidade, tanto pelo Grupo Folclórico, uma vez que a sua bandeira, tem o nome de Afife bem visível e pelo grupo dos triquelitraques que igualmente o mesmo dístico ostenta.
Um reparo no meio de tanta coisa, já que foram mais de três mil os participantes no cortejo e em que estiveram representadas as quarenta Freguesias do Concelho, umas mais que outras, como é evidente, mas será de a organização em futuras iniciativas, colocar placas indicadoras das Freguesias, pois o guião não chegou a todos os presentes e eram frequentes as pessoas perguntarem umas ás outras, qual era a representação que estavam a verem passar. 

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23  de AGOSTO de 2008

 

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