A IMPORTÂNCIA DO MINHO
Segundo Luis Forjaz Trigueiros, a importância do Minho na origem do Estado Português reconheceu-a Oliveira Martins quando na sua “História de Portugal” escreveu: “ Nos primeiros três séculos, isto é, na primeira época da História Portuguesa, a independência é um facto originado no merecimento pessoal dos chefes militares, dos barões de aquém-Minho. Nacionalidade pròpriamente dita, não há, ou pelo menos não no-la revelam os monumentos históricos, unânimes também em revelar uma ambição colectiva ou social que se estende a toda a Galiza. Ao merecimento pessoal reúne-se nos primeiros monarcas portugueses a circunstância de serem os intérpretes deste sentimento”. A revolta filial de Guimarães considera-a o mesmo historiador “o primeiro sintoma duma direcção nova que se ia imprimindo na vida histórica nacional”. A verdade é que, daí para diante, é das margens portuguesas do Rio Minho que descem para o Sul as hostes vitoriosas da conquista e da formação da nacionalidade e a “província portugalense”, a que já em 841 Afonso II de Espanha, se referia, tornou-se uma Nação cujas fronteiras se mantêm hoje inalteráveis.
Com a ampliação do território, decerto se deslocaria para o Sul o centro político e o extremo norte do país entraria no silêncio duma vida agrária forçosamente restrita. Com a Corte em Lisboa, vai iniciar-se mais tarde o longo esplendor da nossa expansão marítima.
O contributo humano do interamnense (aquele que vive entre rios; relativo à região de Entre Douro e Minho), no período novo que as navegações abriram na História do Mundo não poderia ter melhor início. O Infante D. Henrique nasceu no Porto em 1394 e será ao Entre Douro e Minho que ele irá buscar senão os chefes, o escol, pelo menos o grande material vivo para as jornadas do mar. Foi dos ventres e dos estaleiros litorâneos do Norte que saiu o melhor contigente das armadas portuguesas. Para a batalha de Ceuta, sabe-se que no Minho o recrutamento abrangeu toda a província. As frotas do Porto partiam, sucessivamente, na segunda metade do século XV , para o Norte de África e os armadores de Viana, Ponte de Lima, e Vila do Conde, impunham condições ao trono nas cortes de 1436. No reinado de D. João II, Álvaro de Caminha lança os fundamentos de S. Tomé e João Afonso de Azevedo traz da Guiné a primeira pimenta. São ambos homens do Norte. Do Minho eram Pedro e Álvaro de Braga, que acompanharam Vasco Gama ao Oriente. E o cronista do descobrimento do Brasil – Pêro Vaz de Caminha – querendo assinalar a benignidade do clima da terra descoberta, não encontra outro ponto de comparaçâo mais expressivo: “muitos bons ares, assim frios e temperados como os de Entre Douro e Minho”.
De Viana do Castelo era o descobridor da Terra Nova, João Alvares Fagundes.
O génio aventureiro do homem minhoto, encontrou primeiro, nos Descobrimentos e, depois, no povoamento do Brasil, na permanência das rotas portuguesas para a Índia, sob a ocupação castelhana, no comércio com a França, Flandres, Inglaterra e Alemanha, uma forma de expressão.
Caro leitor, aqui tem uma Terra que vale a pena visitar, em qualquer época do ano, O MINHO. Bons hotéis, uma gastronomia rica e variada,( agora é o tempo da lampreia), lindas paisagens, zonas históricas, boas estradas, boas praias, lindos montes, rios seguros para praticar desporto náutico, rápidos comboios, tudo isto é um convite para quem quer conhecer a região mais linda de Portugal. O MINHO É LINDO. LE MINHO C´EST JOLIE, THE MINHO IS BEAUTIFUL, DAS MINHO IST SCHÕN, MINHO ES LINDO, MINHO ES BELO.
CARO AMIGO ,LEITOR. SE NÃO CONHECE O MINHO, VÁ, VÁ DEPRESSA: CHER AMI, SI VOUS NE CONNASSEZ PAZ LE MINHO, ALEZ TOUT DE SUITE: DEAR FRIEND, IF YOU DON´T KNOW THE MINHO, GO, GO, QUICKLY.
Antero Sampaio
jornalista
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